Entorse, quadro crónico atribuição de 30% de incapacidade

Relato do caso pela filha da paciente

Numa das idas à dispensa para buscar mantimentos, a Dona Maria (nome fictício) escorregou nas escadas e dobrou o pé,  “literalmente”. Sentiu dor de imediato e deixou de conseguir andar sem coxear, tendo o seu pé ficado inchado.

De seguida foi às urgências, por acção da entidade patronal. Foi então vista por um médico ortopedista.

Após esta consulta, passou a ser seguida todas as semanas, e a fazer fisioterapia todos os dias durante 3 meses. O tratamento de fisioterapia consistia na aplicação de pomada anti-inflamatória e massagem. Foi ainda submetida a duas infiltrações.

Após 3 meses, concluíram que o tratamento não havia surtido efeito. Foi de novo encaminhada para um médico ortopedista.

Foram realizadas duas REM, um raio-x e uma TAC. Os exames concluíram que a Dona Maria tinha uma entorse, tendinite e um provável início de duas hérnias discais lombares. Segundo o médico, devido ao esforço continuado degradou ainda mais a articulação do tornozelo tendo desenvolvido liquido na articulação tibiotársica.

O médico ortopedista recomendou que a Dona Maria voltasse a fazer o tratamento (fisioterapia com aplicação de pomada e massagem) e que colocasse gelo no pé. E assim continuou durante cerca de 4 meses. Ao fim de todo este tempo a Dona Maria continuava com dores, o pé inchado e algum líquido no tornozelo. Como os métodos utilizados pela medicina convencional não estavam a surtir o efeito desejado, o médico ortopedista decidiu “desistir” do caso e colocar a Dona Maria com uma incapacidade de 30% para o resto da sua vida.

A Dona Maria já desesperada com toda esta situação (continuava com dor, mal conseguia andar, coxeava e tinha o pé inchado), optou por experimentar um método alternativo. Neste caso decidiu recorrer à acupunctura.

Depois efectuado o primeiro tratamento a Dona Maria verificou logo resultados positivos. A dor diminuiu drasticamente, até quase desaparecer.

Foi proposto um tratamento de acupunctura de 3 meses com 3 tratamentos semanais na fase inicial. Na primeira semana a Dona Maria melhorou substancialmente. O pé desinchou as dores diminuíram progressivamente. No primeiro mês foram feitos 3 tratamentos semanais, no segundo mês duas vezes por semana e por fim 1 vez por semana.

Durante o decurso do tratamento a Dona Maria verificou sempre melhorias e nunca mais coxeou. Por vezes, com a mudança de tempo, ou em alguns dias de trabalho mais intensos, reapareciam algumas dores, mas menos intensas.

Entretanto a Dona Maria fez uma paragem de 1 mês para verificar a reacção à ausência de tratamento. A Dona Maria sente algum fragilidade sem os tratamentos, mas até à data sente-se muito bem e cada vez mais segura. Alguns dias tem alguma dor no final do dia de trabalho, mas uma dor mínima e passageira.

 

CASO CLÍNICO

Queixas: Tornozelo esquerdo, tendão de aquiles, gémeo

                Dor tipo pontada, junto ao bordo inferior da omoplata direita

 

Meridianos afectados : Rim, Bexiga e Vesícula Biliar

 

Tratamentos:

1.       Punho – P9, P8, PC7 + 2 agulhas laterais a este, C7, C6, C5, ID6

Cotovelo – P5, PC3

Braço – Ashi no TA

Melhoras ao primeiro tratamento

2.       Punho – P9, P8, PC7 + 2 agulhas laterais a este, C7, C6, C4, Ashi entre ID7 e ID5

Melhoras ao segundo tratamento

 

A paciente fez cerca de 40 tratamentos e teve melhoras evidentes em todos os tratamentos ficava praticamente sem dores e ao final do primeiro mês de tratamento saia das sessões sem qualquer dor. Há que referir que a paciente já havia ficado de baixa tal era a sua dor e ainda no inicio do tratamento tinha conseguido mais um período de baixa. Após o tratamento de acupunctura a Dona Maria faz a sua vida normal!

 

Obrigado Dr. Tan pelos ensinamentos que revolucionaram a minha prática assim como a minha abordagem clínica